Caretas de Maragojipe

Trabalhar com livros de fotografia exige um desapego ao ego e ao mesmo tempo uma imersão absoluta no conteúdo. Para isso é preciso mergulhar profundamente, observar muito fazendo vários arranjos para entender como será possível, interferindo minimamente, tornar sua leitura a melhor possível.

No caso deste livro o desafio foi a sequência de imagens feitas todas sobre o mesmo assunto, num mesmo ângulo, com o mesmo fundo. A dúvida que se impôs foi de distribuí-las com tamanhos, posições e sequências variadas e surpreender o leitor, ou fazer o contrário, colocando todas exatamente na mesma posição de modo que o leitor ao entender a estrutura das imagens, pudesse reparar nas variações dentro daquele universo.

Ao trabalhar na capa, o que normalmente fazemos depois do livro diagramado, tivemos  que buscar uma área que desse legibilidade aos logos e texto de 4ª capa. Nesse momento introduzimos o amarelo e notamos que ele conversava muito bem com o azul da parede. Ainda não havia o fundo amarelo dentro do livro, que era todo branco. Fizemos um teste e tivemos a certeza de que com o fundo todo amarelo o livro se transformava em algo mais do que todas as fotos juntas.

Nesse ponto o grande desafio foi convencer o fotógrafo (meu irmão) que a princípio não ficou confortável com a ideia, que acrescentava uma conversa não imaginada por ele. Diante da minha insistência, testes e 2 meses de reflexão, ele topou.

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